Apartamento novo: como comprar sem comprometer sua renda

Comprar um imóvel novinho, na medida para abrigar o seu dia a dia — e isso sem passar nenhum desconforto financeiro. Se essa conquista parece uma realidade distante, acredite: foco e planejamento podem conduzi-lo à sua meta.

O primeiro passo da jornada você deu agora, ao baixar este material: nele você vai descobrir a importância da escolha do apartamento, quanto vale economizar, além de entender por que é preciso estar sempre no controle do seu orçamento.

Siga lendo e descubra o caminho mais curto entre você e seu apartamento novo!

Defina seu objetivo

Tamanho do apartamento, comodidades que ele e o condomínio oferecem, localização e preço são escolhas que você vai precisar fazer antes de sair à procura do seu novo lar.

Para determinar esses pontos, reflita sobre suas necessidades, possibilidades e anseios. Veja que é preciso uma boa dose de realismo, para as respostas a essas questões serem convertidas no perfil de imóvel certo para você.

Aumente suas chances de acertar essas decisões prestando atenção às seguintes dicas:

1. Tamanho

Casados que planejam filhos devem considerar os apartamentos de 2 ou mais dormitórios entre as suas opções imobiliárias. Isso, para estarem preparados quando o bebê chegar e continuarem desfrutando de privacidade e conforto.

Mais considerações acerca do tamanho ideal de imóvel incluem se você pretende passar a maior parte do dia em casa, o tipo de vida social que terá no novo lar e a necessidade ou não de o espaço comportar um animalzinho de estimação.

2. Estrutura do imóvel

Seu novo apartamento deve promover qualidade de vida cotidiana. Afinal, é nele que você vai passar os melhores momentos com familiares e amigos.

Então, pense no que você valoriza em um imóvel: acabamento de primeira qualidade, uma varanda para relaxar, espaços privativos e por aí vai… Há uma infinidade de alternativas que se traduzem em bem-estar.

A questão da garagem também é muito importante, portanto, não deixe de definir quantas vagas o imóvel deve conter e se é ou não indispensável que elas sejam demarcadas.

3. Estrutura do condomínio

Ao colocar imóveis com áreas de convivência e lazer entre as suas preferências, você opta por um estilo de vida mais seguro e completo. Considere isso ao eleger o tipo de residência adequada.

Lembre-se, ainda, da infraestrutura de segurança básica que o empreendimento imobiliário precisa ter: portaria 24 horas, por exemplo, é bastante desejável.

4. Localização

O apartamento perfeito é aquele que conjuga infraestrutura e localização, de maneira a facilitar ao máximo a vida dos seus moradores. Assim, decida pelo bairro ideal, aquele com tudo que você quer, gosta e precisa ter à sua volta, atentando para o fato de que a proximidade a expressivas vias de ligação contribui para facilitar seus deslocamentos aos locais de frequência diária.

Morar nas imediações dos endereços destacados de sua cidade é mais uma condição favorável, por representar diferencial de valorização imobiliária.

5. Preço

Qual é o preço máximo que você pensa em pagar pelo seu novo imóvel? Já refletiu detidamente sobre esse fator?

Pois ele é determinante para sua aquisição, já que o apartamento caber no seu orçamento é condição essencial para uma compra livre de apertos.

Tendo isso em vista, estipule um preço máximo para sua nova moradia, dando a devida atenção aos encargos mensais que vão incidir sobre ela, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), condomínio e demais taxas.

5.1. Compra à vista

Aqui, o cuidado tem que ser no sentido de se manter dentro do valor reservado para a compra. Quer dizer, você reuniu certa quantia e o indicado é utilizá-la para quitar o bem, sem entrar em dívida.

Nesse caso, o melhor é ficar dentro dessa programação, evitando ver imóveis mais caros, que demandem assumir um parcelamento não planejado.

5.2. Compra financiada

Definir o valor de um apartamento financiado depende não apenas das suas contas, mas da aprovação delas pela instituição financeira que vai conceder o crédito imobiliário.

Ou seja, por mais que você esteja disposto a comprometer grande parte dos ganhos mensais com o pagamento das parcelas do apartamento, tal comprometimento não é possível. Isso porque, para a solicitação de financiamento ser aprovada, cada prestação não pode ultrapassar 30% do seu rendimento.

Lembrando que o valor financiado é o saldo da entrada do bem, portanto, quanto maior for o sinal pago, menor o valor a financiar. Em outras palavras: dar uma boa entrada diminui o preço a pagar mensalmente, resultando em menor comprometimento da sua renda.

Como você pode ver, não existe segredo para uma aquisição de imóvel tranquila, o que há é a preparação consciente para o momento dessa compra.

E é isso que você vai ver daqui para a frente: jeitos seguros de você se programar para comprar seu apartamento sem sustos nem surpresas!

Controle seus gastos

Você já definiu como é o apartamento que quer — e pode — comprar, depois descobriu que uma compra consciente passa por programar e planejar.

Tal processo inclui controlar os gastos costumeiros, que devem seguir rigorosa organização daqui para a frente. Assim, vão ser convertidos em economias e ajudar na entrada do patrimônio que você está prestes a adquirir.

Vamos lá, conheça as dicas de controle financeiro preparadas especialmente para você ter logo as chaves do seu novo imóvel!

1. Planeje cada ação envolvendo seu dinheiro

Ao sair para as compras, faça uma relação de tudo que vai levar para casa, além de estabelecer um teto para os seus gastos. Observe essa atitude a cada vez que abastecer sua despensa, comprar roupas e todo tipo de artigo.

Se for adquirir bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos, móveis e outras utilidades, evite os parcelamentos: dessa forma, seu salário fica mais livre para fazer frente às futuras prestações do seu novo imóvel.

2. Use o cartão só quando for vantajoso

Leve o cartão às compras só quando seu uso equivaler a vantagens maiores do que a tentação que ele representa. Se você é filiado a um programa de pontos, pode ser que valha a pena utilizar o crédito, porém, tome o cuidado de pagar o total da fatura.

Fuja a todo custo de entrar no rotativo, para não se ver às voltas com altos juros e correções monetárias maiores ainda.

3. Esqueça o cheque especial

A não ser que o seu banco conceda alguns dias de crédito sem juros e correções monetárias, o cheque especial deve ser sua última escolha para realizar pagamentos.

Não bastasse o risco de precisar pagar taxas altas por esse tipo de comodidade, há ainda o perigo de descontrole financeiro. Ele acaba potencializado no caso das folhinhas do talão, instrumento que garante crédito em muitas lojas e financeiras.

4. Não compre por impulso

Péssimo conselheiro de quem quer construir um futuro sólido, o impulso manda fazer o contrário do que dita a razão.

Para não comprar o que despertou sua atenção (sem estar programado), faça valer sua força de vontade. Se a tentação estiver vencendo, vá para casa e pense melhor.

Poupe o valor para a entrada

Analisar quanto você ganha e a natureza dos seus gastos é essencial para começar a poupar dinheiro. Afinal, ao saber precisamente como anda o seu orçamento, você vai ver quais despesas consegue diminuir e os cortes viáveis de proceder.

1. Identifique os seus ganhos

Se você recebe um salário fixo mensal, fica simples enxergar os seus recebimentos.

Mas, se esse dinheiro é variável, em função de comissões que oscilam ou por se originar de trabalho autônomo, vai demandar um acompanhamento mais detalhado.

De toda maneira, é essencial saber o quanto entra de recursos financeiros em um período de 30 dias. Se a cada mês esse total muda, faça uma média: some as entradas correspondentes a 90 dias e divida o resultado por 3.

Prontinho, eis aí o seu ganho médio mensal!

2. Identifique os seus gastos

Continuando as contas, é a vez de levantar os gastos realizados em determinado período.

Você pode começar contabilizando as despesas com luz, telefone, aluguel e condomínio, as chamadas despesas periódicas, que ocorrem mensalmente.

Logo após, calcule os gastos que variam, como aqueles com alimentação, vestuário, farmácia, lazer, transporte e outros semelhantes. Anote cada item, incluindo os supérfluos, por menos que custem.

Feito isso, você consegue visualizar minuciosamente a movimentação das suas finanças pessoais, vê o que é imprescindível e o separa do dispensável.

Daí em diante, é agir em prol da conquista do seu imóvel, com todo seu bom senso e muita economia!

3. Faça reduções, substituições e cortes

Para as despesas impossíveis de cortar, uma saída é economizar por meio das reduções.

Usar a eletricidade de maneira racional, aderir a um plano de celular “enxuto” e diminuir o pacote de TV e banda larga são práticas com bons resultados em termos de contenção de gastos.

No que diz respeito à alimentação, mesmo não aceitando cortes nem reduções, é um item passível de substituições inteligentes. Produtos de marcas tradicionais geralmente custam caro, assim, experimentar trocá-los por outros menos conhecidos vai gerar pequenas economias sem grandes sacrifícios.

Somados, esses valores aparentemente insignificantes representam quantias consideráveis, você vai ver!

E quando se trata de conseguir reservar quantias consideráveis, nada melhor do que cortar os supérfluos.

Você certamente deparou com eles ao fazer o levantamento dos seus gastos: o cafezinho na padaria, as idas ao fast-food, pizzas de fim de semana… casos clássicos de escapes financeiros, custos que consomem importantes partes do salário.

Como não são essenciais, cortá-los requer apenas o seu firme propósito de ver crescer as economias.

4. Aplique seu dinheiro com segurança

Seu controle e determinação geraram reservas, que ficam seguras e têm o poder de compra preservado quando destinadas a uma aplicação financeira.

Como a sua finalidade é comprar um imóvel, os melhores investimentos para você estão entre os capazes de proporcionar maior segurança ao seu dinheiro.

Nesse sentido, ao decidir em que investir suas economias, dê preferência às aplicações garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que assegura valores até 250 mil (por titular de aplicação financeira).

Saiba quanto você pode pagar mensalmente

Tudo planejado, reserva financeira formada e disponível, chegou o momento de contabilizar a despesa mensal com a parcela do seu financiamento.

Atente que a quantia reunida para servir de entrada à compra do bem não entra na conta do financiamento, pois você vai parcelar a diferença entre o sinal pago e o preço final do imóvel.

Como dito anteriormente, não há como aprovar um financiamento imobiliário cujas parcelas comprometam acima de 30% dos seus ganhos mensais. Portanto, para assumir uma parcela de R$ 900, você vai ter de comprovar uma renda de, no mínimo, R$ 3 mil.

Vale ressaltar que essa renda pode ser familiar e que existem facilidades e incentivos para aquisição do primeiro imóvel, contempladas pelo Programa Minha Casa Minha Vida. Subsídio para a entrada do imóvel está entre esses benefícios, bem como os juros mais baixos cobrados por crédito imobiliário e prazo de até 30 anos para quitação do bem.

Para quem trabalha sob o regime do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a boa notícia fica por conta de esse recurso poder servir para pagar a entrada do seu novo apartamento. Mais: quem pode contar com o Fundo tem o direito de utilizá-lo para amortizar parcelas (diminuir o seu valor), o que significa menos impacto da compra do imóvel sobre a renda.

Coloque o pagamento das parcelas como prioridade

Cumpridas todas as etapas que conduzem ao imóvel próprio (que abrangem esforço, empenho e alguns cálculos), finalmente você vai realizar a sua aquisição e, com isso, experimentar todo o sentimento de conquistar um patrimônio sem que isso ocasione problemas financeiros.

Para conservar tal situação, que alia satisfação a um excelente investimento, mantenha as parcelas do financiamento como prioridade financeira, pagando-as na data do seu vencimento.

Essa é uma estratégia eficiente para seu planejamento não terminar frustrado pela cobrança de multas, juros e correções por atraso de pagamento. Tais dívidas, quando somadas, encarecem as parcelas, abrindo espaço para as dificuldades de saldar os compromissos.

Se isso acontecer, o perigo de acumular prestações é grande, por isso, aja preventivamente: mantenha condutas saudáveis do ponto de vista financeiro, especialmente após alcançar a meta de comprar o seu apartamento.

Conclusão

O tempo dedicado a esta leitura aproximou você ainda mais do seu futuro imóvel. Nesta curta jornada, que começou minutos atrás, abordamos aspectos essenciais de uma compra feita com consciência. Para isso, buscamos mostrar como controlar as finanças, economizar e manter atitudes de consumo saudáveis são posturas que levam a adquirir um apartamento sem comprometer a renda.

Agora é com você: use nossas dicas a favor da conquista do seu objetivo, ele está somente à espera da suas ações para se concretizar!